Novo Blog novas aventuras. Desta vez o Mundo é o horizonte, sem fronteiras o objectivo é viajar, viajar, viajar... Partindo de Lisboa (base permanente pelo menos por enquanto), rumo ao conhecido e ao desconhecido com a mochila às costas, máquina fotográfica na mão e olhos bem abertos, é assim que quero ver este Mundo. A todos os que gostam de aventuras, histórias e fotografias o convite está feito, acompanhem-me pelos trilhos do planeta azul.

Friday, August 24, 2007

Momentos de muita paz...











Foram muitos o momentos de paz e desconstração... alguns desses momentos foram únicos e irrepetíveis...
Passeio de barco à noite no Mekong...

Na foto da esquerda uma senhora faz as contas do jantar à luz de um pequeno candeeiro, e no barco tradicional a motor os turistas conversavam tranquilamente em várias línguas, depois do belo repasto, contando aventuras por esse mundo fora e trocando experiências de viagens passadas.

Na foto da direita decidimos passar a noite de "Can Tho" no meio do Mekong num dos botes tradicionais a remos, a aprender a remar... nada nada fácil, principalmente quando nos temos de desviar dos barcos a motor.

Mercados flutuantes do Mekong

No Delta do Mekong há um ponto turístico obrigatório, os mercados flutuantes. Estes mercados surgem à medida que se sobre um dos braços do delta, e não são mais do que o encontro matinal de dezenas de barcos de diversas dimensões que vendem todo o tipo de mercadorias. Aqui se se quiser comprar algo, basta encostar ao lado do barco da fruta, ou ao barco dos legumes, podemos também "tomar de assalto" o barco dos refrigerantes...
Eis uma forma diferente de ir ao mercado.
A foto foi tirada quando encostámos ao barco do ananás e da manga, e fizemos o pedido recorrendo a gestos universais. O ananás era delicioso e estava preparado tal como o que comi à uns anos atrás na "Ile aux Cerfs" nas Maurícias... que boas recordações.
Depois do merecido lanche da manhã, ficámos todos com as mãos peganhentas... e o que fazer perante isto? Podíamos ficar assim até à hora do almoço e não conseguir pegar em nada, ou então podíamos seguir a tradição das gentes locais. E assim optámos por lavar as mãos com água do Mekong que nos foi dada pela condutora de um barco que passava... a senhora, que exibia um sorriso pouco higiénico mas sincero, com amabilidade pegou numa taça de loiça já desgastada pelo tempo e apanhou um pouco de água do rio. Enquanto nos passava a taça mostrava-nos como devíamos lavar as mãos... e assim fizemos... "Em Roma sê romano"... ou melhor no Vietnam sê vietnamita.

Wednesday, July 4, 2007

Trânsito?


Trânsito no Mekong???
são as mulheres que conduzem os barcos a remos e todas o fazem com muita destreza não transparecendo o esforço e a perícia necessária para os guiar. Vestidas de forma simples mas sempre mantendo as linhas do traje tradicional vietnamita e usando um chapéu de palha, fazem de transporte público todos os dias, por entre casas e postes de electricidade plantados no meio do delta.

O mercado - Mekong parte 2


Mais à frente no mesmo mercado as bancas começam a vendar coisas mais normais... ou talvez não...
Cestos de ovos, não se sabe bem de que animal e ao lado um cesto de folha de bananeira enorme cheio de noodles frescos.

O mercado - Mekong parte 1


As idas ao mercado nunca deixaram de ser fascinantes e assustadoras ao mesmo tempo. Nestas duas fotos, seleccionadas de entre tantas outras igualmente estranhas, podemos ver uma banca de peixe seco (várias espécies) e uma travessa de rãs acabadas de pelar, com o coração ainda a bater.
Estranho??? ou só diferente?
Acho que depende do ponto de vista...

Experiências gastronómicas - COBRA


Um dos grandes propósitos desta viagem tornou-se para todos, logo no primeiro dia, explorar a gastronomia local. Devo dizer que tudo o que comi, o que conseguia ou não identificar, o que parecia estranho ou apenas normal... absolutamente tudo o que se comeu foi divinal. Adorei cada trinca e cada golo, e acho que neste aspecto posso falar por todos os meus colegas de viagem. Comíamos imenso, a toda a hora e os guias eram mais utilizados quando se aproximava a hora da refeição.
No primeiro jantar de todos decidimos experimentar várias coisas novas, como os noodles, os famosos noddles, e também as famosas rãs fritas. Se não pensarmos muito sobre o assunto e se não tentarmos identificar as partes do corpo, a refeição torna-se agradável. Sim devo admitir é bom.
Mas bom bom, foi mesmo a refeição de COBRA. Sim cobra (servida no prato que se vê em cima).
Na primeira noite passada no Delta do Mekong, o nosso guia (Jonh Wayne) indicou-nos uma tasca onde, segundo ele, se comem as melhores cobras do país. Pedimos cobra com gengibre e caril de cobra. Adorei os dois pratos, estavam verdadeiramente deliciosos. E a sensação?? ora... a carne de cobra parece frango, mas é mais elástica, menos seca, mais suave e mais saborosa. Muito bom mesmo.
O estranho mesmo foi depois do jantar beber o licor de cobra... isso é que já não é tão agradável e ninguém ficou com vontade de repetir a dose. Na foto vê-se o Baltazar, que foi sempre o provador oficial da viagem, a experimentar e a tentar não fazer uma cara muito má...
A cobra essa está morta, enrolada e conservada dentro do licor no frasco gigante que está em cima do balcão do restaurante.

Tuesday, February 20, 2007

Navegando no Mekong


O barco... casa de uns e transporte dos outros.
O ar quente e húmido do Mekong, o silêncio da brisa que bate nas árvores das margens é apenas interrompido pelo barulho dos motores do barcos que já se modernizaram. Cruzamo-nos com barcos de turistas com as câmaras em punho e com inúmeros barcos cheios de chapéus de bico. As crianças esboçam largos sorrisos e acenam-nos sempre que passamos. Somos bem recebidos e mesmo não entendendo uma palavra do que se diz, sentimo-nos bem.
A vida aqui gira toda à volta da água do rio. É aqui que todos se banham, é aqui que se lava a roupa e a louça, é também daqui que vem a água utilizada nas casas e é aqui que se navega. Desta água vivem famílias inteiras que criam peixe para depois vender, as famílias mais ricas, ou menos pobres, têm direito a ocupar um pedaço de terra das margens, os outros vivem nos barcos, os templos multipicam-se nas margens e coabitam em paz com as igrejas, mesquitas e santuários de outras crenças.
O calor que aqui se sente é abrasador, andamos sempre de garrafa de água de 1,5lts na mão, o protector solar, o chapéu e os óculos de sol estão sempre a postos, o suor evapora mesmo antes de conseguir escorrer pela face a baixo... enquanto navegamos ansiamos pela chegada a mais um porto seguro onde ao fim da tarde possamos tomar banho, mudar de roupa e sair para a rua novamente para refrescar bebendo uma cerveja Tiger gelada.

Delta do Mekong

Depois de Ho Chi Min City, rumámos para sul para o Delta do Mekong (Mekong significa 9 dragões). Este delta é constituído por 9 braços de rio que se espraiam a chegar ao mar , e daí vem o nome por que é conhecido.
No Mekong as pessoas vivem em barcos ou em casas nas margens do rio, e o transporte é quase exclusivamente feito de barco. Como tal as bombas de gasolina não poderiam estar mais bem localizadas do que esta que se vê na fotografia.

Despojos de guerra

Nos famosos túneis de Cu Chi, encontram-se alguns despojos de guerra por entre as árvores que na altura não existiam por causa dos bombardeamentos e dos acampamentos dos soldados norte-americanos que aqui tentavam descansar. Por baixo da terra uma cidade inteira sobrevivia e planeava os ataques surpresa dos vietcongs às tropas invasoras. Os combatentes equipados com armas por vezes artesanais, saiam e entravam nos buracos onde o comum europeu não cabe, para acederem aos túneis onde andavam de gatas, onde dormiam, onde cozinhavam, onde viviam. Em apenas 200 metros de túnel apertado, feito exclusivamente de terra, húmido e claustrofóbico, deu para perceber um bocadinho do que seria sobreviver aqui.

Monday, February 19, 2007

Museu da Guerra

No Museu da Guerra, umas das muitas imagens, relatos e marcas que ficaram das muitas guerras e batalhas sob as quais este povo sofreu... Nesta fotografia uma mãe atravessa desesperada o rio com os seus quatro filhos, em direcção às tropas norte-americanas (que, só por causa dos jornalistas, os salvaram). Esta foi das poucas histórias que nesta época teve um final feliz. O museu é chocante, mas não mais chocante do que deve ter sido a realidade.

O mercado


No mercado central as bancas limpinhas e super-organizadas chamam a nossa atenção. Seria sempre assim ao longo de toda a viagem. As cores e os cheiros, os sons e o paladar... hum... olhem só para esta banca da fruta... gostava tanto de vos transmitir todos os outros sentidos também...

Ho Chi Min City... e começa a confusão


Primeiro contacto em Ho Chi Min City, uma cidade caótica, cheia de gente, buzinas, bicicletas e carros por todo o lado.... muita confusão, um ritmo alucinante... uma nova perspectiva do mundo...
Para além do trânsito aparentamente desorganizado e das pessoas de olhos em bico que cruzam o nosso caminho a cada passo, sugem outros sinais de um lugar diferente, o sistema de distribuição de electricidade deve ser único... 1 fio para cada casa, nem sei como os postes aguentam...