Novo Blog novas aventuras. Desta vez o Mundo é o horizonte, sem fronteiras o objectivo é viajar, viajar, viajar... Partindo de Lisboa (base permanente pelo menos por enquanto), rumo ao conhecido e ao desconhecido com a mochila às costas, máquina fotográfica na mão e olhos bem abertos, é assim que quero ver este Mundo. A todos os que gostam de aventuras, histórias e fotografias o convite está feito, acompanhem-me pelos trilhos do planeta azul.

Tuesday, February 20, 2007

Navegando no Mekong


O barco... casa de uns e transporte dos outros.
O ar quente e húmido do Mekong, o silêncio da brisa que bate nas árvores das margens é apenas interrompido pelo barulho dos motores do barcos que já se modernizaram. Cruzamo-nos com barcos de turistas com as câmaras em punho e com inúmeros barcos cheios de chapéus de bico. As crianças esboçam largos sorrisos e acenam-nos sempre que passamos. Somos bem recebidos e mesmo não entendendo uma palavra do que se diz, sentimo-nos bem.
A vida aqui gira toda à volta da água do rio. É aqui que todos se banham, é aqui que se lava a roupa e a louça, é também daqui que vem a água utilizada nas casas e é aqui que se navega. Desta água vivem famílias inteiras que criam peixe para depois vender, as famílias mais ricas, ou menos pobres, têm direito a ocupar um pedaço de terra das margens, os outros vivem nos barcos, os templos multipicam-se nas margens e coabitam em paz com as igrejas, mesquitas e santuários de outras crenças.
O calor que aqui se sente é abrasador, andamos sempre de garrafa de água de 1,5lts na mão, o protector solar, o chapéu e os óculos de sol estão sempre a postos, o suor evapora mesmo antes de conseguir escorrer pela face a baixo... enquanto navegamos ansiamos pela chegada a mais um porto seguro onde ao fim da tarde possamos tomar banho, mudar de roupa e sair para a rua novamente para refrescar bebendo uma cerveja Tiger gelada.

Delta do Mekong

Depois de Ho Chi Min City, rumámos para sul para o Delta do Mekong (Mekong significa 9 dragões). Este delta é constituído por 9 braços de rio que se espraiam a chegar ao mar , e daí vem o nome por que é conhecido.
No Mekong as pessoas vivem em barcos ou em casas nas margens do rio, e o transporte é quase exclusivamente feito de barco. Como tal as bombas de gasolina não poderiam estar mais bem localizadas do que esta que se vê na fotografia.

Despojos de guerra

Nos famosos túneis de Cu Chi, encontram-se alguns despojos de guerra por entre as árvores que na altura não existiam por causa dos bombardeamentos e dos acampamentos dos soldados norte-americanos que aqui tentavam descansar. Por baixo da terra uma cidade inteira sobrevivia e planeava os ataques surpresa dos vietcongs às tropas invasoras. Os combatentes equipados com armas por vezes artesanais, saiam e entravam nos buracos onde o comum europeu não cabe, para acederem aos túneis onde andavam de gatas, onde dormiam, onde cozinhavam, onde viviam. Em apenas 200 metros de túnel apertado, feito exclusivamente de terra, húmido e claustrofóbico, deu para perceber um bocadinho do que seria sobreviver aqui.

Monday, February 19, 2007

Museu da Guerra

No Museu da Guerra, umas das muitas imagens, relatos e marcas que ficaram das muitas guerras e batalhas sob as quais este povo sofreu... Nesta fotografia uma mãe atravessa desesperada o rio com os seus quatro filhos, em direcção às tropas norte-americanas (que, só por causa dos jornalistas, os salvaram). Esta foi das poucas histórias que nesta época teve um final feliz. O museu é chocante, mas não mais chocante do que deve ter sido a realidade.

O mercado


No mercado central as bancas limpinhas e super-organizadas chamam a nossa atenção. Seria sempre assim ao longo de toda a viagem. As cores e os cheiros, os sons e o paladar... hum... olhem só para esta banca da fruta... gostava tanto de vos transmitir todos os outros sentidos também...

Ho Chi Min City... e começa a confusão


Primeiro contacto em Ho Chi Min City, uma cidade caótica, cheia de gente, buzinas, bicicletas e carros por todo o lado.... muita confusão, um ritmo alucinante... uma nova perspectiva do mundo...
Para além do trânsito aparentamente desorganizado e das pessoas de olhos em bico que cruzam o nosso caminho a cada passo, sugem outros sinais de um lugar diferente, o sistema de distribuição de electricidade deve ser único... 1 fio para cada casa, nem sei como os postes aguentam...